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O Vale do Rio Douro é uma das regiões mais bonitas do Norte de Portugal. O berço do Vinho do Porto é terra de belas paisagens, calmaria e natureza exuberante. Na época das Vindimas (colheita das uvas), o Vale do Douro é tomado por visitantes ávidos por ver de perto a tradição do cultivo das uvas e viver um pouquinho da magia da colheita. 

Se o norte português estiver incluído no seu roteiro, “O pá”, não deixe de visitar o Vale do Douro. 

A região é linda o ano inteiro, mas naturalmente radiante na primavera e no verão (de maio a outubro), nos demais meses a temperatura é fria, mas também mais propícia ao consumo do vinho, um deleite nacional.

 


Como chegar ao Vale do Douro 

Esse item pode variar um pouco. Pode-se chegar ao Vale do Douro de um jeito e sair de outro; muitos visitantes preferem fazer assim. A opção de subir o Rio Douro de barco ou cruzeiro e voltar ao Porto de comboio é muito procurada. Também é possível alugar um carro e ir parando nos locais que mais gostar pelo caminho, sem compromisso com horários. Mas, o mais comum é o passeio de ida e volta nas Linhas Férreas do Douro. 

O caminho feito de trem leva o passageiro em duas viagens, uma para o destino escolhido e outra de volta no tempo. As paisagens, as casinhas nas pequenas aldeias, as pontes e as estações merecem que você desligue o celular e se delicie com uma viagem cheia de pequenas descobertas.  

 

Guia do Vale do Rio Douro
Vale do Rio Douro – Sapo Viagens

Quando visitar 

Se fizer o passeio em setembro ou outubro, possivelmente verá a movimentação das Festas da Vindimas. Neste período, as uvas estão prontas para serem colhidas das videiras. O trabalho é realizado em ambiente de festa e celebração, afinal o resto do ano é tempo do processo de produção e maturação do vinho.

Cidades para visitar no Vale do Douro 

Peso da Régua 

É considerada a capital do Vale do Douro, lá estão vários tesouros. Um deles é o Museu do Douro, onde o visitante que gosta de conhecer a fundo a história da região vai se realizar. 

A cidade é pequena e é possível fazer quase tudo a pé. Caminhar pelas margens íngremes e cruzar a ponte admirando as águas do Douro são boas pedidas. 

A cerca de 20 quilômetros da cidade está o miradouro de São Leonardo de Galafura. A vista é um espanto e a beleza merece alguns minutos de registro mental para ter sempre a lembrança em um fechar de olhos. Se puder, vá assistir ao espetacular pôr do sol e aproveite o momento único. É impossível não adorar!

 

Guia do Vale do Rio Douro
Miradouro de São Leonardo – www.cruzeiros-douro.pt

É na Régua que muitos turistas descem do trem e embarcam nos cruzeiros e barcos. Ali está um dos principais pontos de chegada e saída das embarcações turísticas do Douro.

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Lamego

Lamego também merece a visita se estiver no Vale do Douro. 

É lá que está  uma das igrejas mais bonitas da região, a Igreja do Convento de Santa Cruz, que tem vista para a cidade e para o emblemático Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, construído em estilo barroco, 600 metros acima do solo. 

Guia do Vale do Rio Douro
Santuário Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego – www.evasoes.pt

Para chegar ao topo do Santuário, que é bem parecido com o do Bom Jesus do Monte, em Braga, é preciso enfrentar uma monumental escadaria de 686 degraus, considerada uma das mais célebres da Península Ibérica. Se preferir guardar energias, pode subir de carro, os acessos são bem fáceis. 

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Pinhão

Um típico vilarejo português, não há muitas atrações fora do entorno do rio, e é na margem que fica próxima da estação de trem que você verá a maior movimentação, por ali existem cafés, restaurantes, lojinhas e também é de onde saem e chegam os barcos que levam turistas para deslizar pelas águas do Douro. 

Estação Pinhão
Estação de Comboios, Pinhão – www.portaldeportugal.com

Se chegar ou sair de Pinhão de trem reserve um tempinho para observar os incríveis e conservados painéis de azulejos da Estação de Comboios. É uma viagem no tempo e na tradição do cultivo das uvas. As cenas eternizadas nas paredes mostram a alegria da colheita e como era o transporte das uvas pelos barcos do Vale do Douro até a cidade do Porto. 

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Pocinho

É o ponto final da Linha Férrea do Douro. A aldeia do Pocinho faz parte do Vila Nova de Foz Côa e merece a visita por conta da paisagem única que pode ser vista especialmente do trem. Quem gosta de praticar ou observar esportes náuticos vai curtir o local. Destaques para pesca e vela que são praticadas na região.

Favaios

Uma pequena e charmosa aldeia do concelho de Alijó que é repleta de história. Neste peculiar lugar é produzida outra tradicional bebida portuguesa – o vinho moscatel. E se você pensou naquele espumante mais docinho que é muito consumido nas viradas de ano no Brasil, esqueça, não tem nada a ver. O moscatel é uma bebida doce, porém bastante licorosa e sem gás, o mais conhecido é o de Setúbal, mas é em Favaios que se encontra o Vinho Moscatel Galego Branco, que tem um sabor irresistível. 

Guia do Vale do Rio Douro

Passeios de barco e cruzeiros 

O passeio de barco nas águas brilhantes do rio é o ponto alto da visita no Vale do Douro. Seja em embarcações antigas e restauradas, que antes de levar turistas levavam a colheita para as caves de Vila Nova de Gaia, ou nos imponentes navios de cruzeiro, o visitante só consegue sentir a verdadeira alma da região ao navegar pelo Douro. Entre as empresas especializadas estão Douro e Cruzeiros Douro

Guia do Vale do Rio Douro

Os passeios mais básicos duram uma hora e custam 10 euros por pessoa e dá direito a uma taça de vinho do Porto na metade do percurso. Há os mais longos de um dia inteiro com saída do Porto, com pacotes básicos até os mais completos que dão direito a visitas nas quintas, provas de vinhos e de queijos, os preços variam de 60 a 125 euros.

Quem prefere mergulhar na experiência e viver dias intensos na região vinhateira pode escolher os navios cruzeiro, que oferecem pacotes de dois a sete dias. Os preços variam de 189 a 2.050 euros e os serviços vão desde almoço e jantar, até experiências completas como a participação nas vindimas, passar um dia em uma tradicional quinta produtora de uvas, ou jantares mais requintados. 

Passeios alternativos 

Para quem prefere experiências ainda mais diferenciadas, há passeios privados, como um veleiro que leva casais apaixonados para pernoitar em uma quinta, cruzeiros para datas comemorativas como o Ano Novo, e até um passeio exclusivo em iate de luxo com capacidade para 12 pessoas, além da tripulação. 

E o que acha de conhecer o Vale do Douro a bordo em carro clássico, equipado com wi-fi, água e toalhas refrescantes? Ou então conhecer a região lá do alto e em grande estilo, a bordo de um balão ou helicóptero? Tudo isso é possível através do projeto Douro Vintage Tours. Os passeios são cheios de detalhes para encantar o cliente que terão uma experiência inesquecível, indicados para quem não acha caro pagar pela exclusividade. 

Comboio no Douro

Na época das vindimas é possível embarcar na “Viagem de comboio do Porto ao Pinhão” que é oferecida pela empresa nacional de transportes férreos. No passeio estão incluídos o transporte à saída do Porto, transferes, degustação de produtos regionais, almoço, visita aos lagares, lagarada, prova de vinhos e muita animação durante o percurso. Realizada nos dias 14 e 21 de Setembro. Os preços: 73,50€ (1.ª classe), 69,50€ (2ª classe); 55,50€ e 29,50€ para crianças até aos 12 anos, respectivamente.

 

Vindimas (colheita das uvas)

A vindima é uma tradição portuguesa que, apesar de modernizada em alguns aspectos, ainda é símbolo da cultura popular portuguesa. Depois do período da poda das parreiras, que é realizada em janeiro, acontece a formação dos cachos de uva na primavera e é durante o verão que as uvas ganham cor, aroma e paladar. 

 

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Vindimas – www.nit.pt

Entre setembro e outubro, quando as uvas estão maduras, ou seja, quando o seu peso, cor e acidez apresentam as condições ideais para a produção do vinho, é a hora certa para as vindimas.

Atualmente, existem tecnologias modernas em todo o processo do vinho, desde o cultivo das parreiras até a entrega das garrafas. No entanto, ainda é possível determinar a melhor época para se vindimar através de um tradicional método popular utilizado pelos antigo produtores.

É simples, quando os pés das uvas estiverem murchos e a pele do fruto começar a contrair é hora da vindima começar. 

As vindimas costumam começar junto aos primeiros raios de sol que iluminam o Vale e cintilam o Rio Douro. As equipes, formadas na maioria por trabalhadores acostumados com a tarefa, se misturam com grupos de curiosos, geralmente organizados nas várias Quintas que recebem turistas e visitantes. 

Norte, sul e além mar

Embora seja uma atividade típica do norte de Portugal, principalmente na região do Douro, as vindimas também são realizadas em outras regiões do país. Independentemente da região (continente e ilhas), as vindimas têm uma enorme importância no calendário das colheitas.

E não esqueça, se for ao norte de Portugal não ignore o Vale do Douro, ele vai contribuir para deixar seu passeio ainda mais perfeito. 

By Liliane Machado

Jornalista, formada pela Unisociesc (Blumenau/SC/Brasil) e especialista em Mídias Digitais. Cursa mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho (Braga/Portugal) e tem experiência em TV, rádio, assessoria de imprensa e web. Mora em Portugal desde setembro/18, adora contar histórias, fazer amizades e não resiste a uma boa conversa seja com quem for: pessoas, animais, plantas e até extraterrestres.

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